Cristina Abreu
No silêncio da minha cama
Oiço a tua voz ao ouvido
Percorre-me o corpo inteiro
E da garganta sai um gemido.
Era tão bom, não foi?
É o que me ocorre dizer
Se tiver de ser, é
Não é... nada a fazer.
O poeta é um fingidor
Sente, mas é a fingir
E eu cansada, sonho contigo
Mesmo sabendo que me vai ferir.
Cristina Abreu
No silêncio da noite
Ouço a madrugada a murmurar
Deita tuda para fora
Não vale a pena guardar.
Não vale a pena guardar
Não vale a pena repensar
A culpa é tua, sabes bem
Por te estares sempre a calar.
É tão importante para mim
Viver em harmonia
Parece tão fácil, mas não é
Não estamos mesmo em sintonia
Às vezes fico tão cansada
Às vezes desabo a chorar
Choro, choro, até cansar
E o sol brilha ao acordar.
Cristina Abreu