quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Da janela do meu carro


Da janela do meu carro
Vi o inverno bem pegado
As árvores estavam nuas
E o vidro todo molhado.

Apesar de eu não gostar
Há magia nesta cena
Sem água não há vida
Ver chover valeu a pena.

Aqueles braços estendidos
Cada gota vão apanhar
Quando vier o calor
Nova vida vai começar.

Cristina

domingo, 27 de janeiro de 2019

Num grande emaranhado


É uma rede, uma teia
É um grande emaranhado
É uma teia de sentimentos
Num coração apertado.

É uma árvore despida
Na primavera vai rebentar
Folhas verdes vão nascer
É preciso acreditar.

Neste grande emaranhado
Há um sol a despontar
Por entre as nuvens ele teima
Em continuar a brilhar.

Nesta vida emaranhada
Há sempre nuvens a aparecer
Mas o sol teima sempre
Em sorrir e aquecer.

Cristina

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

O fogo ardeu no mar


Era um fogo
Que tudo queimava
Queimava-me a garganta
Mas em silêncio eu gritava.

Toda a minha paciência
Aquele fogo consumia
Tinha que conseguir
Era tudo o que eu queria.

No silêncio do azul profundo
Daquela prisão me libertei
O fogo ardeu no mar
E eu consegui o que sonhei.


Cristina

domingo, 6 de janeiro de 2019

Indiferente


É assim o meu mar
Nas rochas a bater
Selvagem e perigoso
Indiferente ao que pode acontecer.

Às vezes é calmo e azul
Mergulho nele a sorrir
Às vezes é calmo e prateado
Naquela luz me deixo cair.

Tenha a cor que tiver
Com ele eu vou sempre falar
Alegre por me ver
Fica ali sempre a escutar.

Calmo e tranquilo
Selvagem e bravo
É ele que me escuta
É nele que a minha alma lavo.

Cristina