domingo, 30 de dezembro de 2018

Natal molhado




No seu trenó a voar
Com as renas a puxar
Lá ía o Pai Natal
Todos os presentes levar.

De nuvem em nuvem voava
E de repente ouviu chorar
Era uma gotinha de água
E ele parou a perguntar.

Que tens gotinha de água?
Porque estás triste a chorar?
Não sei das minhas amigas
Não tenho com quem brincar...

O Pai Natal ajudou
E juntos foram procurar
Todas juntas numa nuvem
Estavam à espera para saltar.

Lá foi então o Pai Natal
Debaixo da árvore as prendas deixar
Chovia tanto lá fora
À janela ele foi espreitar.

Nas casas as gotinhas entraram
E pelos canos começaram a brincar
Estavam todas ali à espera
Para ao mar poderem voltar.

E os meninos de todo o mundo
Com o barulho acordaram
Deram as mãos e todos juntos
Uma canção assim cantaram.

Cristina

Conto de fadas


Era uma escada de pedra
Que eu tinha que subir
Fiquei ali a sonhar
Com o que estava por vir.

Queria um conto de fadas
A princesa queria ser
Não tinha fada-madrinha
Mas um anjo a proteger.

Ía dar algum trabalho
Conquistar aquela escada
Ser feliz era preciso
Não podia ficar parada.

Cristina

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Lume


Cheira a lareira na minha rua
Recordações boas saltam na mente
No coração bate a saudade
Da avó e do lume quente.

Quando chegava era lenha até ao tecto
E eu no fogão a lenha queimava
A avó com ternura via
Mas com voz doce também ralhava.

S. Pedro do sul era bem frio
Mas ao lume eu me aquecia
E aquele monte de lenha
Devagarinho desaparecia.

Cristina

sábado, 1 de dezembro de 2018

Magia


Houve um natal
Em que a magia faltou
Numa garrafa vinha a mensagem
Que o meu coração acalmou.

Bem sei que para muitos
 A magia não acontece
Mas dentro de nós está o essencial
E a magia, o coração aquece.

Um velhinho num trenó
E renas no céu a voar
Há lá magia maior
Temos só que acreditar.

E outro natal chegou
 A rena entre bolas voou
Era tudo prateado
E a magia voltou.

Cristina

domingo, 18 de novembro de 2018

Selvagem


A trote ou cavalgando
Vai a vida desenfreada
Como um cavalo selvagem
Às vezes tem que ser domada.

Por vezes vamos de unicórnio
Outras de cavalo alazão
Tantas vezes penso só
Se não é tudo ilusão.

Presa pelo freio
Ou selvagem a cavalgar
Segue a vida por diante
Seria bom às vezes parar.

Cristina

sábado, 17 de novembro de 2018

Morrer na praia


Medusa é o seu nome
E morreu ali na areia
No mar parece tão leve
Morta fica tão feia.

Andar ao sabor da maré
Deixar que o mar nos leve
Podemos morrer na praia
Ter o destino q a alforreca teve.

Cristina

Pairando


Contra as rochas batiam
A areia vinham beijar
Naquela emoção nem vi
As minhas botas virem molhar.

No silêncio barulhento
Daquela cena apaixonante
Voava livre a gaivota
Fazendo um voo rasante.

Bravo mas amoroso
Estava assim o meu mar
E eu fiquei enamorada
A ver a gaivota pairar.

Cristina

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Pincelim


Selvagem, livre e doce
Um anjo branco parece
Cavalgando vai feliz
Com o olhar agradece.

É lindo o meu cavalo
Diz sorrindo a menina
Com orgulho imenso
Afagando-lhe a crina.

Lá vai ele no picadeiro
Mostrando tudo o que tem
Orgulhosos do seu anjo branco
Vão os pais da menina, também.

Cristina

domingo, 11 de novembro de 2018

Quentes e boas!


Quentes e boas
Diz assim o pregão
Que cheirinho delicioso
Que nos enche o coração.

Cozidas ou assadas
Com lombo no forno também
Cada um come como quer
Mas sabem sempre tão bem.

Cristina

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Almourol



O rio Tejo nos separa
Do mundo da imaginação
Estávamos quase lá
Era grande a emoção.

Fomos princípes e princesas
Nas muralhas do castelo
Foi um dia de sonhar
O nosso mundo ficou tão belo.

Cristina


domingo, 28 de outubro de 2018

Remédio prateado


Devia ser azul
Mas o sol nele brilhava
Com o seu brilho inundou
E os meus olhos maravilhava.

Parecia prata, o meu mar
Dizem que a prata ajuda a curar.
Olhando assim até parecia
Que podia nele passear.

A minha alma até la voou
E naquela prata mergulhou
E os males que nela havia
Aquele prateado curou.

Cristina


Raio de sol


Sorrindo!
Sorrindo sempre...
Que o azul do mar
Anima a gente.

E num dia de sol de outono
Olhando o mar azulão,
Veio um raio de sol
Encher-me de novo o coração.

Cristina

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Será...



Será? Será que brilha?
Será que se vê mais além?
Será que mergulhando consigo
Sentir paz e ficar bem?

Estico-me e agarro aquele brilho
Mas teima em escorrer-me pela mão
Fico a olhar, apaixonada
A ver se me enche o coração.

Sorri, diz-me o brilho
A vida é mesmo assim...
Se chorares não vês o brilho
Se sorrires ela brilha por fim.

Sorrir força o bem
Vir ao nosso pensamento
A sorrir escorre a lágrima
Que põe fim ao sofrimento.

Cristina

sexta-feira, 12 de outubro de 2018

Sombras


Escuro como breu
Às vezes é mesmo o que parece 
Sem ver a luz ao fundo do túnel
Um coração triste padece.

Tropeça, cai e levanta
Focando sempre o olhar
Pelo caminho vai andando
Procura a luz que vai brilhar.

Lá está ela, lá bem fundo
Correndo consegue alcançar
Sem medo das sombras que agarram
A brilhante luz vai abraçar.


Cristina

sábado, 18 de agosto de 2018

Um beijo trocado




Descia... calmo e tranquilo
Vermelho fogo o céu ficava
E eu ali, sentada, sonhava...
Ao ver que o mar beijava

Foi um beijo secreto
Num desejo partilhado
É o amor feito gesto
Num simples beijo trocado.



Cristina

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Azul


Azul é a cor do céu...
Dizem que o verde é esperança
São capazes de ter razão
Azul, amarelo... verde a minha vista alcança

No cinzento nem sim, nem não
Mas num azul o amarelo a brilhar
Erguendo os olhos o verde quase vejo
Numa criança com as mãos a mesclar.

Mas é no azul que eu confio
No céu, no mar com o amarelo a espreitar
No horizonte um acaba, outro começa
E ali fico naquele verde a descansar.


Cristina

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Sorrindo...


É a curva mais linda 
É o que dizem as pessoas
Às vezes acho que é uma caixinha
Onde transformo as coisas más, em boas.

Às vezes é tão difícil sorrir
Às vezes só apetece chorar
Mas volto sempre a sorrir
Ao ver o mar a cintilar.

Forçar um sorriso obriga
Mensagens boas ao cérebro levar
E sorrindo abro as asas ao sol
E no céu azul volto a voar.


Cristina