segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Saudade



Estava lindo o meu mar
Vestido de azul e branco
Rebelde batia
E dizia: bom dia.
Fiquei ali quieta
Parecia que sussurrava
Parecia que brincava
E pelas rochas entrava.
Perguntei às ondas
Poque tinha que ser assim
Falei-lhes de saudade
Sorriram-me com bondade.
Falaram com carinho
Murmurando baixinho
O horizonte olhei
E mais um pouco fiquei.
Ai quem me dera
Dentro das ondas mergulhar
Brincando conseguem sempre
O meu coração acalmar.


Crinstina

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

A neve


A neve
A neve pôs uma toalha calada sobre tudo.
Não se sente senão o que se passa dentro de casa.
Embrulho-me num cobertor e não penso sequer em pensar.
Sinto um gozo de animal e vagamente penso,
E adormeço sem menos utilidade que todas as ações do mundo.
Alberto Caeiro - Poemas Inconjuntos

domingo, 14 de novembro de 2010

Haverá sempre o oásis...

Em silêncio rasgas os pés.

Aprendeste agora a andar lentamente.

Escutas o som do Deserto.

As tuas vestes estão rasgadas.

Tem sido longa a Viagem.

Buscas a Lua,

mas a noite está escura.

As ilusões estão perdidas.

Já não há Musas inspiradas.

Resta-te um Livro

que,

religiosamente guardas.

Caminhas entre as dunas do destino,

sem bússola que te oriente

e perguntas a Deus ou ao Diabo.

Quem é culpado?

Nem um som.

Nenhuma resposta.

E perdido no Nada caminhas,

carregando as feridas no coração.

Como poeira no Vento,

caminhas cansado.

De repente…..

O desabrochar de uma Flor,

um Poço com Àgua…

Palmeiras….. Um Oásis.

E , no calendário da Vida

Um novo Palco.

Deus ou o Diabo?

Quem foi que respondeu?

Nunca o saberás.

Há um murmúrio de Vida naquela Àgua.

Há uma nova danças de cores no teu Peito.

Soltam-se cordas de violino,

numa música, numa sinfonia,

que te endoidece de prazer.

Segredos de um velho Piano,

viajando dentro de Ti.

Reparas agora!

È noite de Luar.

E ali estou Eu….

Ofertando-te a minha nudez.

Vasculho em teu Corpo

Amor e Oblação.

Fazes-me Rainha.

Sou o barro das tuas Tentações

e conquistas a plenitude do meu Ser.

Agora, podes voltar a caminhar.

Sei que de novo ferirás os pés.

Mas……

Haverá sempre o Oásis.

Maria Antonieta Girão Fevereiro

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Missing



Não sou só azul turqueza... também tenho um lado mais escuro. Espero que gostem...eu gosto muito.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Dentro da onda...

Havaiano tira fotos de interior de ondas gigantes -  Um ex-surfista americano agora se dedica a uma actividade inusitada: fotografar ondas de dentro delas.






Simplesmente lindo, não?

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Ouvia-se o mar


Encostei-a ao ouvido
ouvia-se o mar...
escondi-me lá dentro,
fiquei a sonhar.

Escondi-me, agachei-me,
deixei-me ficar
na minha conchinha
trazida pelo mar.


Cristina

domingo, 10 de outubro de 2010

Ah o mar...


Ah o mar...
Sempre com um azul diferente.
Às vezes está calmo,
outras bastante revolto
Tem o dom de me acalmar
sempre que lá volto.
Quando à beira-mar vou passear
pensando no que me angustia
logo uma onda vem
com os meus pés brincar.
Amigo...
sabe escutar...
não tenho que justificar.
Vem a onda
molha-me os pés
e sabe-me tão bem...
Parece estar a dizer
Vai correr tudo bem!

Cristina


terça-feira, 5 de outubro de 2010

domingo, 26 de setembro de 2010

Anseios

Meu doido coração aonde vais,
No teu imenso anseio de liberdade?
Toma cautela com a realidade;
Meu pobre coração olha que cais!
Deixa-te estar quietinho! Não amais
A doce quietação da soledade?
Tuas lindas quimeras irreais,
Não valem o prazer duma saudade!
Tu chamas ao meu seio, negra prisão!
Ai, vê lá bem, ó doido coração,
Não te deslumbres o brilho do luar!...
Não 'stendas tuas asas para o longe...
Deixa-te estar quietinho, triste monge,
Na paz da tua cela, a soluçar...

Florbela Espanca

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Sem rede


Às vezes é preciso dar o salto sem rede...
Abrir as mãos, largar o medo e o que achamos ser nosso
E voar...
Trocar o certo pelo incerto
Ser feliz realmente em vez de ir vivendo
E amar!

Cristina

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Cansada ...

Estou tão cansada de tudo
Parece que todos me pressionam
Todos vem com suas regras e obrigações
É tudo não pode e não faça
Nos colocam em uma caixa de sapato
E me dizem: fique aqui !!
Será que não vou conseguir
Realizar meus desejos e sonhos
Será que tudo que conseguem ver
São diplomas, dinheiro e uma alta posição
Minha felicidade não esta neles
Será que tenho que ser perfeita para receber algo ?
Tenho que cumprir a listinha para ganhar um prêmio?
Tenho que chorar e ficar cansada mentalmente
E fisicamente para me darem paz !
Será que algum dia vou deitar
E saber que amanhã terei um dia feliz ?!
Um dia meu
Um dia com eu sonhei
Meu sonho, qual é?
Trabalhar em algo que gosto
Amar quem me ama
Ter meus filhos
Estudar naquilo que me dá prazer
E viver uma vida simples com estabilidade
Será que isso é pedir demais ?


Clara

sábado, 10 de abril de 2010

Fábula do porco-espinho

Durante a era glacial, muitos animais morriam por causa do frio.
Os porcos-espinhos, percebendo a situação, resolveram se juntar em grupos, assim se agasalhavam e se protegiam mutuamente, mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que ofereciam mais calor.
Por isso decidiram se afastar uns dos outros e começaram de novo a morrer congelados.
Então precisaram fazer uma escolha: ou desapareciam da Terra ou aceitavam os espinhos dos companheiros.

Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos.
Aprenderam assim a conviver com as pequenas feridas que a relação com uma pessoa muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro.
E assim sobreviveram.

Moral da História

O melhor relacionamento não é aquele que une pessoas perfeitas, mas aquele onde cada um aprende a conviver com os defeitos do outro, e admirar suas qualidades.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Gaivotas

Às vezes eu gostava de ser como uma gaivota... poder voar sobre o mar... poder pairar na brisa... brincar com as ondas. Neste dia fui um pouco já que também brinquei com as ondinhas que me vinham cumprimentar. Só não consegui... voar.


Bando de gaivotas
Cortam o infinito dos céus,
No seu vôo elas definem
O sentido maravilhoso e exato
Do que seja liberdade.
No seu vôo tranquilo
Parece às vezes
Que estamos diante
De uma orquestra magistral,
Onde são entoados salmos,
Salmos louvando a paz,
Canto sem silêncio
Em prol da libertação...
E o homem veste as roupagens da gaivota,
Tenta alçar o vôo,
Mas não consegue alcançar os céus
Nem a paz tão desejada,
As asas se partem
E ele cai por terra...


Olympiades Guimarães Corrêa
- In Eterna procura

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

sola

http://www.youtube.com/watch?v=YGe7IBbSBcQ

Costuma-se dizer q mais vale só que mal acompanhada mas a solidão é um bocadinho triste... principalmente quando a culpa é nossa e não conseguimos fazer nada para mudar, seja por medo ou por outra razão qualquer. Sofrer faz doer, é mto mau e ninguém gosta de repetir o sofrimento. Mas será o "fechar da concha" uma solução? Será que devemos arriscar até acertar?

"Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção: pode ser a pessoa mais importante da sua vida.
Se os olhares se cruzarem e, neste momento,houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu." -
Carlos Drummond de Andrade

domingo, 3 de janeiro de 2010

O meu natal foi bem branquinho. Até a cadela era branquinha...










Cai neve, cai neve, cai neve no jardim...ai n